Já nos hospitais, os pacientes podem seguir dois fluxos de atendimento. Podem ser liberados após coleta de amostra para exames ou ficar internados para acompanhamento.
Conheça o passo a passo do atendimento hospitalar.
Ao chegar à recepção do hospital, o paciente recebe uma máscara cirúrgica e é encaminhado para a triagem. Nesse momento, deve relatar a médicos e/ou enfermeiros os sintomas. Caso não haja sinais de infecção respiratória, o paciente segue o fluxo normal de atendimento. “Se entre as queixas tiver sintomas de infecções respiratória, ele é encaminhado para uma área exclusiva para os pacientes que podem representar um caso da Covid-19”, explica Guilherme Henn, médico infectologista e presidente da Sociedade Cearense de Infectologia (SCI). Ainda na triagem, os pacientes com sintomas respiratórios são divididos entre os que se enquadram ou não nas definições de caso suspeito da doença.
Os pacientes que se enquadram como casos suspeitos passam por avaliação médica e coleta de material para exame. Nesse momento, o profissional deve estar devidamente equipado. “O médico deve usar a máscara cirúrgica, o protetor facial, os óculos de proteção, o avental e luvas”, explica a coordenadora do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia do Coronavírus no Ceará. Se não for caso de internamento, o paciente é liberado com orientação de isolamento domiciliar. “Depois, entra uma pessoa da equipe de limpeza para fazer uma desinfecção completa no consultório antes do próximo paciente entrar”, complementa Henn.
Segundo os novos critérios de notificação e indicação para exames diagnósticos para a Covid-19 divulgados em nota técnica pela Sesa no sábado, 21, deve ser coletada amostra de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) — hospitalizados com febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta e que apresente falta de ar ou desconforto respiratório. Entre os pacientes com síndrome gripal, deve-se coletar amostras dos que tenham 60 anos ou mais e dos mais jovens, mas com comorbidades. Também devem ser testados os profissionais de saúde sintomáticos.
Quando o paciente apresenta sintomas como falta de ar, pode ser o caso de permanecer internado. Como exame complementar, é feita uma tomografia do tórax. “Se, com base nesses dados, o médico decidir que o paciente merece o internamento para ficar em observação, ele é encaminhado para uma ala reservada para pacientes com Covid-19”, diz Guilherme Henn.
Dependendo da gravidade do caso, o paciente é internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), precisando ou não de suporte ventilatório. “Se precisar, fazemos intubação, com os profissionais de saúde todos devidamente paramentados. (Nesse caso) muda a máscara: máscara N95, protetor facial, gorro, avental impermeável e luvas”, destaca Tânia Coelho. O equipamento é recomendado em procedimentos que geram aerossóis.
O período de internamento varia de acordo com as condições clínicas de cada pessoa. Ao receber alta do internamento, se o resultado do exame for positivo para Covid-19, o infectologista explica que o paciente deverá cumprir a quarentena em casa, por 14 dias a partir da data em que os sintomas começaram.
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